Quando vamos aos supermercados, observamos
uma grande gama de embutidos e enlatados. Mas, como estes alimentos surgiram?
Como alimentos que antes eram considerados perecíveis ganharam um maior tempo
de prateleira?
Do início da agricultura até meados do século passado, o sistema de produção de alimentos predominante era baseado em pequenas propriedades familiares quase autossuficientes. Todos faziam as refeições em casa, as crianças comiam os alimentos que os pais escolhiam e preparavam e ninguém contestava o cardápio que seguia as normas ditadas pela tradição familiar.
Com a Revolução industrial, o mundo se transformou, as cidades passaram a inchar, fazendo com que as lavouras fossem empurradas para longe dos centros consumidores. As mudanças ocasionadas na alimentação familiar apenas foram influenciadas décadas depois da revolução, os vegetais e alimentos frescos presentes nos fundos de quintais cederam o espaço para produtos mais facilmente transportados e armazenados, tal fato, esta relacionado com o estilo de vida das pessoas que passaram a necessitar de alimentos prontos ou semiprontos.
O maior entendimento não somente da química, mas também da “química dos alimentos” proporcionou a sociedade os chamados produtos congelados, enlatados e embutidos, que ocupam maior espaço das prateleiras dos supermercados. A ciência disponibilizou para as indústrias nutrientes que antes não eram preservados pelo processamento e substâncias (aditivos) que aumentaram o tempo de prateleira dos alimentos. A “química dos alimentos” proporcionou um maior entendimento dos processos químicos de decomposição, oxidação e interação dos componentes químicos dos alimentos.
No século XXI, novos desafios foram impostos pela sociedade que procuram cada vez mais produtos naturais, estes alimentos devem apresentam concentrações mais altas de substâncias naturais e concentrações menores de aditivos químicos. Estes desafios tecnológicos fizeram da química cada vez mais relevante. Os estudos adquiridos proporcionaram o maior entendimento dos mecanismos de ação, maior eficiência de extração e utilização de fotoquímicos, como também de substâncias de origem animal.
Estamos em um século de mudanças na alimentação, e a química não poderá de forma alguma ser vista como vilã na alimentação humana, mas como uma forma de aumentarmos os valores nutricionais e químicos dos alimentos a partir de seus benéficos.
Dica do Professor Leopoldo Ângelo Del Neri.
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